Simples resumo do "Discurso da Servidão Voluntária" de Etienne De La Boetié

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Discurso da Servidão Voluntária

Etienne de La Boétie ao escrever sua grande obra o “Discurso da Servidão Voluntária” suscita ideias a respeito das relações entre os súditos e o tirano. A obra abarca uma análise do grande problema da questão da tirania e o por quais motivos os indivíduos estabelecem uma relação de súdito voluntariamente. O ilustre autor analisou com profundidade a liberdade, concluindo ser um direito concebido pela natureza.
A ideia que se edifica como chave para o entendimento acerca das questões da servidão voluntária, seria a do princípio de liberdade, Etienne tem uma concepção como sendo um direito natural inerente ao homem, partindo disso então, não tem o porquê os indivíduos serem governados tiranicamente. A partir dessa constatação monta-se um arcabouço dos tipos de tirania, “Há três tipos de tiranos. Falo dos maus Príncipes. Uns possuem o reino por eleição do povo, outros pelas forças das armas, e os outros por sucessão da raça” (Etienne De La Boétie, 1982, p. 82).
No âmbito da explicação referente à servidão voluntária, o autor deixa claro ideias fundamentais para a compreensão desse fenômeno. A primeira razão para a servidão seria o hábito, escreve o autor: “a primeira razão pela qual os homens servem voluntariamente é que nascem servos e são criados na servidão” (ibidem, p. 90). Completa que dessa razão deriva outra, a ideia de que os homens se tornam necessariamente covardes e afeminados, explicando que os tiranos usam práticas a fim de garantir a obediência dos súditos. Outra ideia que autor coloca como importante para com a servidão voluntária, são as bases de sustentação da tirania, explica-o que o tirano concebe a quatro ou cinco homens funções que auxilia na conservação do poder, usa expressão “tiranetes sob o grande tirano” (ibidem, p. 101).
Sobre a liberdade, que tem uma profundidade explicita na obra, descreve-o:
Em primeiro lugar creio não haver dúvida de que, se vivêssemos com os direitos que recebemos da natureza e segundo os preceitos que ela ensina, seríamos naturalmente submissos a nossos pais, súditos da razão, mas escravos de ninguém. (ibidem, p. 80).

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